In Media Res é nosso selo de literatura. Aqui, a boa história e a boa escrita têm vez, estejam elas expressas em romances, crônicas, ensaios, contos ou poesia.
In Cena - A vida de Eduardo Bruno
Biografia
Guida Abranches David
Estava tudo muito bom, mas precisava ganhar dinheiro, queria viajar para a Índia. Não escrevi ainda sobre a Lea Melo, minha professora de Yoga. Ela representou uma época "zen", fantástica, sábia. Nunca me droguei. Mas conheci essa sensação quando comecei essa sensação quando comecei a aprender a respirar com o Yoga. Como já disse, nasci torto e não soube o que era respirar por uma das minhas narinas. Os exercícios de Yoga me expandiram de tal forma o ar que me faziam sair da academia rindo .do nada. " Maior barato".
Quintais de passarinho
Catálogo
Gabriel Monnerat
Os pássaros são elementos naturais festivos. Através de suas cores, seu canto e movimentos de bailado, preenchem todos os espaços físicos naturais, além de povoar o imaginário popular com lendas, música e poesia. Por crescermos com pássaros ao redor, seus cantos melodiosos podem despertar em nós lembranças dos momentos e espaços que compartilhamos com eles por toda a nossa vida. Não há criança que não se encante com um passarinho, ou adulto que não se permita interromper a correria diária para uma olhada, mesmo que rápida, para um par de asas cortando o céu. Os pássaros nos lembram que a vida é cor, som e movimento. Por isso exercem fascínio sobre nós.
A violência contra as mulheres na perspectiva da segunda década do século XXI
Artigos
Instituto Tecle Mulher
O “Tecle Mulher” surgiu do inconformismo e experiência de um grupo de profissionais que se dedicavam ao atendimento a mulheres vítimas de violência na extinta ONG “Ser Mulher”. Buscamos estender a mão para mulheres de todo o país, principalmente aquelas que buscam auxílio, orientação e socorro. Nosso objetivo? Mudar a realidade por meio do acompanhamento, oferecendo apoio nas áreas dos direitos e violência contra a mulher. Valorizamos um diálogo constante entre nossos projetos e a sociedade civil, por meio de pesquisas acadêmicas, enquetes, eventos, palestras e muito mais! Nossa equipe é multidisciplinar e composta inteiramente por mulheres que entendem o propósito da ajuda. Não tenha medo, pois você não está sozinha! Peça ajuda! www.teclemulher.org.br!
O comportamento suicida no contexto hospital
Estudo
Kara de Souza Magalhães
Este livro procura aguçar a percepção, compreensão e desmitificação da realidade do suicídio em hospitais. Internados que sofrem por doenças crônicas e incapacitantes são sujeitos à depressão, desesperança, desespero e à ideação e tentativas de suicídio; carecem do olhar que considere essa questão responsavelmente, para além do biomédico e com subjetividade superior à técnica. Assim, esta obra busca ampliar a visão para o tema, para integração do cuidado, prevenção, suporte e enfrentamento, com coragem responsável e conhecimento sensível.
A leitura e investigação do assunto e suas implicações interessa a nós todos em geral, aos profissionais, sobretudo os da saúde mental, estudantes em formação, pesquisadores, familiares e pessoas cuidadas por quem estuda e trabalha neste meio. Trata-se de apreciação, estudo e reflexão essenciais “para aliviar a miséria da existência humana” (Brecht), para humanizar estigmas, capacitar e fomentar estratégias de políticas públicas e educacionais para orientação da atividade profissional em hospitais. E que sejam singularmente apoiadas nas bases do Sistema Único de Saúde de nosso país e que inspirem o mundo.
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Contos Germinados
Contos
Fabiana Corrêa
Guardo a fotografia na página cinquenta e um, no penúltimo livro da quarta prateleira da biblioteca, à esquerda da porta da entrada. Ninguém mexe lá nem para limpar. A fotografia está segura, não eu. Ela me acorda com o sorriso que quebra a dormência do tempo. Basta eu transpor a porta e ela me grita. Mesmo na casa silenciada pela noite, ela me chama de longe. Fecho os olhos, abafo os ouvidos e, ainda assim, ouço o seu sorriso.
Foi doloroso, mas faz tempo que a guardei, e ela nunca mais se fez sombra. Continua luz que terrifica a lembrança. Resisto por tempos para não buscá-la, mas seu chamado é insistente e acabo sucumbindo. Alcanço o livro, desmarco a página e ela está lá, sorrindo e me acordando para o avesso da memória...
Mistura Tudo e Vamos Ver Como Fica
Crônicas
Sonia Mercadante
“Falo dos sonhos que alimentam a alma”, frase deste livro que poderia valer como epítome desse filosófico/psicológico texto que exprime em pensamentos as reflexões de momentos da vida. Temas relevantes e emocionantes que nos envolvem e nos faz repensar sobre nossos próprios sonhos. Essa obra alimenta a alma, trazendo uma sensação de pertencimento sobre o que é humano, e o quanto de similar pode existir na humanidade. Parece que estamos conversando conosco! Ou parafraseando a estória do outro. Parece que é da nossa existência que a psicóloga Sonia descreve com tamanha sabedoria, esmiuçando melhor que nós mesmos os sentimentos e sonhos da alma. Livro cativante e apaixonante, que nos enraíza com gostinho de quero mais. Creio que a vivência terapêutica acoplada à escuta da palavra divina adocicaram aqui as palavras de Sonia Mercadante. Gratidão pelo belo presente literário!
Juntas e Diversas
Crônicas
Organização: Márcia Lobosco
J&D: Juntas e Diversas Crônicas conta sobre o tempo avassalador da pandemia da Covid -19, que, como as águas de um tsunami, arrastou a vida planetária varrendo o que havia de normalidade.
A princípio, sem entender muito os acontecimentos inesperados, foi preciso dar-se um tempo e, com as portas da imaginação abertas, recompor o olhar e criar narrativas capazes de expressar os horizontes perdidos.
Neste livro, as autoras juntas & diversas nos trazem uma aragem que alivia pela resiliência e pela fotografia imagética compondo o cenário vivo que só a esperança garante enfrentar, como fiel guardiã da caixa de Pandora.
Contos Grisalhos
Contos
Catherine Beltrão
Em Contos grisalhos, vemos estreita ligação entre arte e literatura. Aqui, é possível mergulhar no profundo de seus personagens que, construídos através de uma observadora perspicaz, se disfarçam em traços capazes de não entregar aquilo que é ficção e o que é real. Apesar de grisalhos, os contos deste livro são jovens e necessários nesses tempos de incertezas, com suas palavras colocadas uma a uma, delicadamente, em textos que tocam o coração.
Reiseiros no Reisado
Marina Gaspar Sant´Ánna
Grande é a responsabilidade de apresentar aos leitores um livro. Mas, falar sobre um livro escrito por Marina Gaspar Sant’Anna é uma tarefa que vai além. Professora Licenciada em Letras, poeta, trovadora e pintora várias vezes premiada, Marina lança-se agora como escritora/pesquisadora.
Sua obra intitulada REISEIROS NO REISADO é o resultado de trinta anos de pesquisas, não só em fontes escritas, mas em entrevistas com reiseiros, foliões, palhaços e acompanhamento de Festivais de Folias de Reis em sua cidade e também em outras localidades, coletando dados e experiências com participantes do ramo. Busca na História e na Bíblia o significado de muitas das encenações que são apresentadas e usa esses elementos de uma forma muito criativa, alternando trechos históricos com a prática das apresentações desses grupos.
O resultado é um livro muito rico em conteúdo, que traça um retrato fiel dessa festa cultural considerada no Brasil como parte do nosso Folclore.
Juntas e Diversas - Contos
organização
Márcia Lobosco
A coletânea Juntas & Diversas nasceu em 2019 a partir de uma conversa entre amigas que desejavam reunir seus poemas numa única publicação.
Depois da ideia inicial, outras mulheres foram sendo convidadas e o primeiro livro foi lançado em fevereiro de 2020, com a participação de 10 autoras.
O encontro foi tão gratificante e belo, que decidi dar seguimento ao projeto e lancei a proposta de uma coletânea de contos.
Diferentemente da proposta anterior, dessa vez havia o mote: as montanhas.
O novo grupo - com algumas das participantes da coletânea anterior e novas autoras presentes - manteve-se em interação por alguns meses, em leituras e partilhas, enquanto individualmente os textos eram escritos, tendo as montanhas como narradoras, personagens, ambiente ou metáfora na narrativa.
Aquarela de mim
Claudia Marcia Blois
Aquarela de mim, da psicanalista Claudia Marcia Blois, seu livro de estreia na literatura, faz existir música com sua lírica e feminina poesia, como Bach parecia fazer descer os céus até nós. Entre nuvens e loucuras que promovem seu (des)encontro com o ‘ser’, Claudia vai tecendo finas tramas de palavras que parecem resfolegar de seu corpo. Um corpo que pulsa e nos faz pensar sobre qual é a cor do infinito? Que perfume ele exala? Ela nos convida a ser: seus leitores, sua extensão de corpo, seus prolongamentos de palavras.
Rosa, Fama e Metamorfose
Eduardo Alves
“Que a Rosa fure o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. E que enfrente os tanques desta maldita e inútil guerra”.
“Que a energia vital da potência humana criativa fomente, aprofunde, amplie e construa cada vez mais nossos coletivos de estudo, de formação, de ação e de acolhimento, nos refazendo ainda mais potentes como insumos de transformação para o novo. Precisamos construir pontos de apoio em terra firme e unidade qualificada.
Construir e fortalecer tais coletivos é o nosso grande desafio. Sabemos que a história não tem fim e muitos como eu consideram a vida transmuta.
Temos muito o que fazer.”
Álbum das Fazendas de Cantagalo (capa dura)
Sebatião A. B. de Carvalho
Rosa Maria Rossi de Cavalho
Um trabalho inédito e significativo que reúne informações e imagens preciosas sobre as tradições e as famílias cantagalenses proprietárias de antigas fazendas.
O Tesouro de Cantagalo (pocket)
Sebastião A. B. de Carvalho
“[...]uma obra historiográfica que se aprofundou nos estudos acerca da região que se denominava pela coroa portuguesa como “Sertões do Macacu.”
“[...]para desmistificar a figura de uma personagem estereotipada pela tradição oral e escrita.”
“[...]trazer mais próximo da história real o dito fidalgo Manoel Henriques, o famoso ‘Mão de Luva’”
“[...]um desbravador português de carne e osso, que chegou nessas terras em busca de assentar um núcleo comunal, produzindo alimentos, mantendo relações amistosas com os índios da localidade e por fim, constituindo família com sólida formação católica.”
“[...] a disputa das províncias do Rio de Janeiro e de Minas Gerais na posse do ouro de aluvião explorado pelo “Mão de Luva” em terras cantagalenses.”
Sua vida. Sua história.
João Baptista da Silva
Vejo POESIA no homem da rua que caminha, alegre ou taciturno, felizes ou tristes os seus pensamentos... Ligeiro ou sem pressa... Vistoso ou simplesmente esmolambado, ostentando, apenas, o necessário à decência!
Vejo POESIA na mulher, de olhar brejeiro e coquete, ou compenetrada de suas responsabilidades. Casada, pensando nos filhos que ficaram em casa. Ou no marido que já se fora ao trabalho. Noiva, orgulhosa de sua aliança, indiferente aos que a cercam, ideia fixa naquele que se apresenta o sonhado. Solteira, livre – estudante, funcionária, balconista, qualquer profissão humilde... Versátil e alegre. Cabecinha para aqui e para ali. Olhares lânguidos ou repreensivos, qual lhe tenha parecido o homem que lhe atira um cumprimento gentil ou um gracejo fora de propósito! Quando a gentileza lhe provoca sentimento, ela se arruma, acerta o corpo inteiro e, na medida que julga exata, empresta-lhe um bambolear gracioso e sugestivo, capaz de sacudir o interesse de quem a mimoseara...
Vejo POESIA nas flores, nas árvores, no céu, na terra, no mar, em tudo!
ESCOVINHA BÁSICA?
DRICA MUNIZ SPINELLI
Ter cabelos cacheados não é fácil..., me diz Drica ao telefone, e eu imagino os danados dos cachos dela com vontade própria, virando para onde querem, enroscando em intensidade variada e (óbvio!) sem pedir licença. E é aí que dou uma boa risada e vejo que Drica, seus cachos e seus textos são uma coisa só: bonita, indomável, surpreendente.
Há um monte de textos gostosos nesse livro. Uma mistureba divertida de pés no chão, devaneios, reflexões, micos e também pequenas tristezas. Tudo isso para se compreender, digerir e também evoluir, afinal, Drica é “gente no mundo”, e topa viver nele sem frescura. Mas duas coisas eu aviso que ela não topa: deixar de ser quem é e fazer uma escovinha básica nos cabelos. No way. Ave, Drica!
Juntas e Diversas
Márcia Lobosco
Lembro de, bem pequena, olhar com certo espanto para quem não era como eu – ou como os meus. Se era outro o jeito de falar, comer, vestir, isso era visto com grande curiosidade por meus olhos ingênuos. Não havia medo, tampouco afastamento, apenas uma falta de costume minha ao diferente. Ao longo da vida, vejo isso se repetir por gerações nos olhos de outros tantos pequenos. Talvez porque o diferente, no primeiro momento – naquele em que dentro de nós grita mais alto o instinto – realmente nos assuste com o que não é espelho. Mas aí a gente cresce em tamanho e percepção e o que nos era tão curioso, obscuro e unilateral torna-se natural, claro e abrangente: diferentes somos todos. Únicos. Cada um, um projeto solo, coerente e necessário. Porque é através da união de seres distintos que conferimos riqueza à existência, tempero aos dias, desenvolvimento à sociedade. “Juntas e diversas” é um pequeno exercício de diferenças, de comunhão de não iguais. Mas, se aqui, todas variamos em quase tudo – em origem, idade, ideias, sentimentos – aqui também nos encontramos e brindamos: os nossos desejos, a nossa poesia, a nossa humanidade. Tim-tim!
Em mãos
Rachel Ventura Rabello
Jorge Luís Borges via a poesia não como um dom intrínseco ao poeta, mas como um fenômeno da natureza, componente indissociável da realidade, “que pode saltar sobre nós a qualquer instante”. Pois bem: saltou sobre Rachel Rabello, que, neste “Em Mãos”, apresenta o que disso resultou – poesia em estado de arte. O poeta, em síntese, é alguém possuído por uma força que lhe é extrínseca, mas não estranha, nem muito menos adversa. Uma força que o escolhe (ou o sentencia) para expressá-la. Não necessariamente uma força arrebatadora, convulsiva, que inspira epopeias e ditirambos. A mais poderosa delas é justamente a força da delicadeza, que toca sensibilidades em mais fina sintonia com as manifestações líricas da natureza. A poesia de Rachel insere-se nessa categoria. É fina, suave, sem que se comprometa o vigor de seu verbo, de sua sintaxe, que jamais incidem no imperdoável delito da banalidade. Eis alguns desafios, dificílimos, que ela vence: flerta com o lirismo sem o contágio da pieguice; é original sem ceder a artifícios vanguardistas – e perpassa os mais diversos temas, sem que se perca a unidade e coerência de sua visão existencial.
Eu me lembro...
Mario Marcio Damasco
Existem recordações que carecem de confirmação, como, por exemplo, a grafia correta da Viação Friburguense; o ano em que um bimotor desgovernado ficou sobrevoando a cidade; ou se era mesmo Farmácia Catedral o nome da drogaria que existia no meio da Praça Getúlio Vargas. Tentei essas confirmações de todas as formas, mas não obtive resultados. Depois do livro pronto, possivelmente, surgirão novas lembranças. O jeito será anotar e guardar. E, quem sabe, escrever outro livro.
Nem tudo o que sei devo contar...
Jorge Carvalho
Ao final, no amanhecer do dia, o prefeito pediu que fosse redigido um ofício à Câmara Municipal, comunicando as renúncias, e que a imprensa tomasse ciência do fato. Curiosamente, era dia 1º de abril e muitos não acreditaram, achando que era mentira. Mas o fato estava criado. O cenário político, totalmente modificado. Uma verdadeira bomba mudava tudo que os adversários haviam planejado.
Paixão e Esperança
A violência contra a mulher
Felipe Candiota
Paixão e esperança é um livro impactante que fala de maneira aberta sobre a violência contra a mulher.
Ao contrário do que pode sugerir seu título, a paixão e a esperança aqui mencionadas não são sentimentos saudáveis que unem famílias, mas justificativas para uma cultura social mantenedora da submissão feminina a uma autoridade masculina arcaica, descabida, inaceitável.
Influenciadas por conceitos equivocados de amor e obediência, comumente incentivados por igrejas, e diminuídas em sua integridade pelo meio em que vivem, mulheres se permitem vivenciar relações abusivas em prol de um amor de mão única e de uma possibilidade inexistente de mudança por parte do parceiro. O resultado é um desastre social de consequências e alcance inimagináveis.
Este livro é, pois, um livro duro e pesado, assim como é a vida de tantas mulheres. E trágico, assim como foi o crime a partir do qual o autor se baseou para escrevê-lo: o feminicídio ocorrido em 2017, em Petrópolis, na rua Henrique Paixão, no bairro Esperança. Um triste trocadilho.
O tempo das coisas
Crônicas
Maria Bitarello
Coletânea de 28 crônicas que falam de situações aparentemente banais, cotidianas, mas que ganham importância quando recebem a devida atenção.
"As coisas têm seu tempo. E embora os tempos hoje sejam de afobação, o chá ainda toma o tempo que toma pra ficar pronto. E tudo indica que vai continuar sendo assim. Saber disso, no corpo e na alma, é o que eu chamo de sabedoria.”
Eu não existo
Romance
Marco Guedes
Mesmo com dor e desconforto, a cada passo que eu dava, eu me lembrava de cada gesto, de cada olhar e de cada palavra daquele médico, e autorizei os meus pensamentos a me imaginarem, em tempo futuro, protagonizando com outros que também necessitassem de semelhante ajuda, a mesma cena, o mesmo gesto, a mesma atenção. Ser também uma semente gemelar de esperança e confiança, tal qual aquele médico, fez sentido em minha alma. Acho que ali comecei a desconfiar de o quê, quem e como eu queria ser, e de que não existem atalhos para onde se valha ir.
A realidade não é o nosso quintal
Ensaios
Ricardo Lengruber
O espaço literário oferecido por um livro é um território para o exercício da liberdade. Livre para pensar e para escrever, o autor pode divagar como quiser, e isso Ricardo Lengruber, um multiprofissional, sabe fazer muito bem. Teólogo, filósofo, professor, escritor e administrador, além de expert em comunicação, ele está perfeitamente adequado ao estágio quinquenário da economia e da sociedade, ou seja, ao âmbito dos experts. No presente livro, ele se permite questionar desde a política até a religião, passando por inúmeras questões sociais, sem perder contato com o contexto onde esses assuntos são percebidos, vivenciados e questionados.
O rio, o besouro e a águia
Contos
J. A. Sathler
Não importa a idade que se tenha, reflexões sobre a vida fazem parte da existência humana, e o teor dessas reflexões, segundo muitas doutrinas, são determinantes no rumo da vida de cada um.
“Somos o que pensamos” são palavras atribuídas a Buda e aceitas por boa parte das pessoas espiritualizadas, entre elas, por J.A. Sathler, o autor deste livro.
Em conversas com a natureza, amigos, mestres e discípulos, os personagens criados por Sathler são levados a refletir sobre suas escolhas, cabendo-lhes compreendê-las, aceitá-las, ou questioná-las. Sempre em tom reflexivo e pausado, as divagações aqui expostas levarão personagens e leitores à reflexão sobre os caminhos percorridos e os ainda a percorrer. A busca por equilíbrio e sabedoria é a tônica deste livro.
O grande amor de Topázio e Turmalina
Romance-Catálogo
Margareth Cardoso
As pedras preciosas são denominadas gemas, por apresentarem a parte melhor, mais pura, bela, de coloração, brilho ou efeitos óticos de maior chance de aproveitamento de um mineral, uma rocha. Existem também as gemas vegetais e orgânicas. Isso falando-se das naturais. Há também as não naturais, produzidas com a intervenção humana, que podem ser sintéticas ( fabricadas em sofisticados laboratórios credenciados e fiscalizados ), artigos de imitação, que se assemelham às gemas, porém , são adornos , em vidros, resinas, massas diversas e, até outras , cujas partes naturais são unidas a outros materiais criando um sem fim de combinações .
As esquinas das minhas ruas
Romance
Alfredo Henrique
O outono é a mais bela das estações do ano no subúrbio, quando o sol não é intenso, mas amarelinho e aquecedor na medida certa. Foi em um dia outonal que algo diferente, monstruosamente apavorante, pairou pelos ares do bairro. Bojudo, gigantesco, parecendo mais um quibe cinza voador, singrava o ar um enorme dirigível, o famoso Zeppelin, voando a certa altura.
A máquina voadora chamava a atenção dos moradores, que corriam em aglomerados até a esquina, perplexos e amedrontados. Assistiam à passagem da enorme e diferente forma ovalada. Alguns, pelo contrário, escondiam-se dentro de casa, alucinados e berrando, como se estivessem sendo atacados pelos nazistas, que teriam lançado uma enorme bomba voadora sobre Quintino.
De corpo inteiro
Romance
Ana Paula Huback
Ana Paula Huback coleciona inúmeras satisfações pessoais e profissionais, além de um longo histórico de busca por crescimento espiritual. No ano de 2016, essa jornada a levou a um retiro de meditação e yoga em uma ilha localizada no sul da Tailândia. Lá, em meio a amizades novas e a muitas descobertas pessoais, ela se deparou com o inesperado: depois de contrair dengue, viu-se paralisada da cintura para baixo, no limbo entre a vida e a morte, sozinha e perdida em um hospital sem recursos para diagnosticá-la e tratá-la. A partir de suas intuições e da ajuda de amigos, Ana Paula conseguiu se resgatar dessa situação e se viu transformada por sua experiência. “De corpo inteiro: uma viagem de transformação” conta, portanto, não só a história de uma viagem à Tailândia e a outras partes da Ásia, mas, também, uma viagem interior extremamente profunda, doída, narrada com delicadeza e honestidade, pontuando os altos e baixos de nossa fé e de nossa existência, em uma busca pela cura, pela superação e pela transformação.
Te ajudarei a ir se quiseres
Romance
Ana Beatriz Manier
Contada por duas vozes narrativas (mãe e filha) que se alternam entre humor e dramaticidade, “Te ajudarei a ir se quiseres” relata a história de uma senhora de 70 anos, Laura, casada, mãe e avó, que recebe o telefonema inesperado de Francisco, ex-namorado da juventude por quem sempre nutriu profundo amor. Surpresa com esse contato e com toda carga emocional que ele traz, ela se abrirá com a filha em busca de conselhos sobre o que fazer. Será no diálogo franco entre elas, permeado de muita compreensão e respeito, que Laura encontrará coragem para ficar frente a frente com seus sonhos e desejos e permitir-se a possibilidade da escolha.
Espelho partido
Romance
Carlos Eduardo Leal
"Terminei a leitura de Espelho Partido e confesso que estou ainda embriagada, tonta, incrédula com esta obra. Que privilégio meu conhecer este autor. Carlos Eduardo se superou na produção deste livro! Forte, poético, denso, inquietante, louco!
Leiam. Mergulhem. Prossigam na leitura. É absolutamente bárbaro!"
Glória Campos - Psicanalista
Canção da mulher que virou barco
Antologia poética
Iracema Macedo
Canção da Mulher que virou barco é um convite a atravessar a perigosa e deliciosa rota da autodescoberta, do amor e do desamor que compõem paisagens perpassadas por brisas e tempestades, por calmaria e afogamentos. Com voltas à tona e mergulhos, Iracema Macedo nos oferece uma travessia intuitiva e compensadora, ora arrebatada e ousada, ela é, acima de tudo, depositária de movimentos, de idas e vindas, de partidas e ancoragens.
Os segredos de Cida
Romance
Manoel Carlos
Ao nos aproximarmos da entrada da favela, ela diminuiu o passo e começou a olhar para todos os lados. A tensão aumentou e fez meu coração disparar. Quando dobrou à direita para entrar, Cida olhou para mim por cima do ombro, parecendo pedir que eu voltasse. Pude ver isso no brilho dos seus olhos e em seu rosto apreensivo. Ponderei, repassei mentalmente todas as orientações e conselhos que ela me dera sobre como me comportar diante da realidade que eu estava prestes a conhecer, e tomei a decisão de ir em frente e segui-la até o seu porto seguro.
É menina!
Poesia
Hilvânia de Carvalho
É menina é poesia de mulher. Para mulher. Mas que homens também podem ler para entender um pouco mais sobre quem, dizem, ter sido feita de suas costelas. Fala de um tipo de alma genuína que se vê e entende num primeiro olhar. Basta ter olhos para ver e sensibilidade para entender.
Do que são feitas as estrelas
Romance juvenil
Jana Meilman
Do que são feitas as estrelas narra a história de Malu, uma jovem atriz brasileira que vai em busca do seu sonho em Nova York, para estudar na Watson School, uma das mais importantes escolas de artes cênicas do mundo, conhecida por transformar seus alunos em grandes celebridades. Na Watson, Malu conhece Sofia, uma mexicana carismática que faz parte de uma família singular, e Lauren, uma irlandesa determinada e nada convencional. Juntas, as amigas viverão romances, aventuras e descobrirão a força da amizade. No entanto, para realizar o sonho de se tornar famosa, Malu terá que tomar decisões difíceis e superar uma tragédia inimaginável. E será no momento de maior escuridão de sua vida que ela descobrirá do que as estrelas são mesmo feitas.
Terapia de um sequestro
Romance
Manoel Carlos
A violência corrói o tecido social e deixa marcas para além do que os olhos conseguem captar. Terapia de um sequestro traz um relato dramático sobre o impacto de um crime brutal ao longo de toda a vida de uma vítima. O livro chama a atenção para a necessidade urgente de se colocar a redução da violência e a atenção às vítimas no centro da agenda de políticas de nosso país. Hoje, temos conhecimento acumulado sobre o que funciona e o que não funciona para melhorar a segurança. Cabe a cada um de nós buscar informação e cobrar de nossos governantes que cumpram sua missão de proteger os cidadãos.
Pílulas para respirar
Crônicas
Rosana Miziara
Dizem por aí que a sabedoria reside em vivermos o puro presente. A iluminação se dá quando conseguimos fazer de cada instante a tradução plena da eternidade. Vamos tentando, então, com meditações infindas, recitar os mantras que acalmam as mentes. Respira. Inspira. E quando o corpo, imóvel, fica tomado por pensamentos incessantes, nos damos conta de quão longo e árduo deve ser o caminho para o saber. Tudo isto, no entanto, se desvanece no ar quando lemos, respiramos, sentimos e tomamos as pílulas para respirar de Rosana Miziara. Em cada uma delas, o sabor da vida se faz simplesmente eterno e desce fino pela boca. Simples, sábio e quente tal como uma xícara de café em um sábado de manhã.
Diasassados
Romance
André Resende
Noam Soisa é neurocientista em paz com a vida que leva. Na juventude, gostava de anunciar a todos que era racionalista e a razão seu lugar no mundo. Um jovem homem que costumava se envolver com inúmeras mulheres, sem tempo para nomes ou rostos. Até que um dia as mulheres pararam de olhar e ter interesse por ele e Noam começou a desconfiar que um encosto espiritual estava sempre por perto.
Com uma narrativa ágil e criativa, tipicamente sua, e com marcas e referências culturais riquíssimas da cidade de Recife, André Resende presenteia o leitor com uma obra instigante, ora questionando verdades, ora se divertindo com elas.
O palco da alegria
Carla Giacomini
Carnavalização, termo cunhado por Mikhail Bakhtin, é o fio que norteia O palco da Alegria, de Carla Giacomini, em sua análise de Auto da Compadecida e Farsa da Boa Preguiça – duas obras de expressão de Ariano Suassuna –, para nelas pensar a apropriação das culturas popular e erudita na literatura do autor.
Neste estudo de Carla, o que importa não é a festa profana que precede a quaresma Cristã, de Norte a Sul do país, mas sim a presença de elementos carnavalescos nas obras deste paraibano/pernambucano que usa e abusa do riso e da galhofa, num diálogo muito à vontade com a dramaturgia medieval e renascentista, para, à moda das antigas comédias de costumes, utilizá-los como antídoto para as dores de um povo que vivencia guerras, crises e ditaduras.
Aqui, a travessia se dá pela tradição, pela teoria, pela inovação. Pela Antropofagia.
Pelo erudito, pelo popular e pelo riso, numa compilação só, a cultura brasileira é mostrada como ela de fato é: um palco e uma alegria.
É leitura que cutuca a memória, exercita o cérebro, leva à reflexão e nos faz sorrir a cada capítulo. Bem-vindos!
Pega os cadernos
Mônica Netto Carvalho
Este é o primeiro livro de Monica Carvalho e reúne poesias de uma vida toda. Dos quinze anos até a maturidade, coube tudo aqui.
Os poemas e haikais deste livro falam de amor, de dor, separação, viagens e natureza. Podem causar risos e lágrimas. Têm muitas verdades, mas são cheios de fantasia.
“Pega os cadernos” é um convite para pegar nossos cadernos interiores e olhar para eles com carinho, leveza e compaixão.
Abra, mergulhe e aproveite.
As famílas Erthal - Gradwohl e Nova Friburgo
Pedro Elias Erthal Sanglard
No ano de 2024 será comemorado o bicentenário da colonização alemã no Brasil. Em homenagem a tão importante data para os milhares de descendentes dos colonos e mercenários alemães que chegaram ao Império brasileiro, a partir de 1824, este livro traz pesquisas sobre as pioneiras famílias germânicas Erthal e Gradwohl, bem como sobre a cidade de Nova Friburgo-RJ, a verdadeira primeira colônia alemã oficial brasileira e também local da primeira igreja luterana da América Latina fundada por Sauerbronn, o primeiro pastor luterano do Brasil, em 3 de maio de 1824. Esperamos contribuir para a história da imigração germânica no Brasil, visando às presentes e futuras gerações de descendentes de alemães, como nós, e resgatar essa verdade histórica de que foi Nova Friburgo e não a cidade de São Leopoldo-RS a primeira colônia alemã do Brasil.
O olhar da gaiola
Débora Campos Martins
Havia claridade na sala, que devia vir da janela superior aberta. Ele entrou a passos lentos. Podia ver a muda no sofá, praticamente na mesma posição que ele a deixara na noite anterior, mas, agora, com um cobertor sobre o corpo. O copo de água, que ele deixara junto ao sofá, estava na mesa do centro. Tudo era muito estranho. Aproximou-se mais, com as pernas cada vez mais inseguras.
Luz e sorrisos
Aretuza Lattanzi
Criador e criatura. Para se compreender a obra de Aretuza Lattanzi deve-se antes conhecer sua trajetória de vida. O criador é a professora de Yoga, fundadora de diversos projetos sociais, marcada pela perda precoce e dolorosa dos pais; a criatura é este livro que reflete a superação e nos instiga a questionar sobre como se constrói o nosso Eu.
Conteúdo e afeto resumem os seus artigos que trazem conexão com categorias como a felicidade, o bem, o amor, a luz e a paz. Ajudam também a nos desmontarmos e a entendermos nossas ambiguidades. Nos instigam a nos conhecermos melhor, ouvindo o nosso verdadeiro Eu, bem como a problematizar os nossos desejos.
Juntas & Diversas
org. Márcia Lobosco
O Juntas & Diversas 2023 fala de amor. Tendo como base o livro Tudo sobre o amor, de bell hooks, as autoras, este ano, escreveram sua visão de amor em três gêneros textuais: crônica, conto e ensaio. Temos nessas duas publicações olhares, intensidades, e narrativas totalmente diferentes umas das outras e, ainda assim, uma bela unidade amorosa por meio da escrita feminina.